Palmas: roteiro completo de 6 dias na capital e região

Palmas esconde belezas naturais que podem ser tão surpreendentes quanto as do Jalapão. Coloque o destino no seu roteiro

Publicado em 22/04/2019 por Tati Sisti

Palmas é considerada o ponto de partida para aqueles que têm como destino final o Jalapão. Mas mais que ponto de partida, a cidade deve ser ponto de parada, de visitação. Sim, há muitos motivos para você dedicar alguns dias na capital do Tocantins.

Palmas é a mais nova capital do Brasil, foi fundada em 1989 após a criação do estado do Tocantins pela Constituição de 1988, e foi 100% planejada, com avenidas longas, largas, muitas rotatórias, poucos semáforos, muito verde para todos os lados e pertinho de lugares e visuais naturais surpreendentes do Tocantins.

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A cidade tem temperatura média de 27 graus, tem rio e praia para quem quer se refrescar, shoppings, restaurantes e hotéis perfeitos para o descanso merecido das férias. A cidade também é casa de uma obra de Oscar Niemeyer, o Memorial Luis Carlos Prestes, que serve como salão de exposições e acervo com fotos, objetos e documentos doados pela família Prestes.

Visual da orla em Palmas, Tocantins (Foto: Tati Sisti)

Visual da orla em Palmas, Tocantins (Foto: Tati Sisti)

E se você quer tem pouco tempo na região, mas mesmo assim quer conhecer pelo menos um pouquinho do Jalapão, temos uma boa notícia! Dá sim para fazer um bate-volta para um dos lugares mais incríveis que conhecemos por lá. Você vai entender mais abaixo.

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Por que não dedicar tempo para curtir um bom banho de rio e ainda conhecer lugares pouquíssimos explorados? Ah! Repare que em muitos pontos do rio onde é possível nadar, há uma rede de proteção para evitar ataques de piranhas e arraias. Mas não se preocupe, não vimos piranhas nem arraias.

|Quando ir

Literalmente dá para conhecer a região em qualquer época do ano. Muita gente indica a época de seca, entre maio e setembro, para ter mais garantia de céu limpo e águas cristalinas. Nós fomos na época de chuva, em fevereiro, e foi perfeito. Pegamos pouca chuva (mais no fim da tarde), tivemos pôr do sol e águas cristalinas da mesma forma.

Assim como em todo texto, dizemos que se você tem férias ou folgas em determinada época do ano, não adie sua viagem apenas porque julgam ser melhor conhecer o destino em outra época. Você sempre acaba aproveitando. Então, faça as malas e vá!

Se você pretende visitar as cachoeiras das cidades próximas, ir na alta temporada pode ser um problema, já que mais de 400 pessoas chegam a visitar o local por dia. Já pensou ter que disputar um espacinho em lugares tão lindos?

Mirante do Limpão, em Palmas (Foto: Gabriel Bester)

Mirante do Limpão, em Palmas (Foto: Gabriel Bester)

|Como se locomover

Apesar de ser muito bem planejada e fácil de se achar, os pontos turísticos da própria cidade são longe uns dos outros. Conhecer as cidades próximas também faz parte do roteiro e, por isso, recomendamos muito que você alugue um carro assim que pousar na capital.

Os valores de aluguel de carro são bem bons (cerca de R$ 80) por dia, então dá para se planejar e acrescentar esse gasto na viagem. Além disso, é muito fácil dirigir lá. As ruas são tranquilas, sem trânsito e bem sinalizadas.

Fato é que, vez ou outra, você vai ter que encarar uma estrada de terra para chegar em algum lugar (isso já fora de Palmas), mas nada que te faça desistir no meio do caminho, pode confiar.

Visual do Morro do Leão (Foto: Tati Sisti)

Visual do Morro do Leão (Foto: Tati Sisti)

|Onde se hospedar

Chegue em Palmas com calma, se hospede em um hotel bem localizado e comece seu roteiro antes de partir para o Jalapão. Nossa escolha foi o Céu Palace Hotel e não poderia ter sido melhor. Ele fica a 17,5 km do aeroporto de Palmas, cerca de 25-30 minutos de carro e é a “casinha” perfeita para quem quer conforto para turistar nesses primeiros dias.

Os quartos são ótimos, tem café da manhã incluso, estacionamento e é fica perto das principais avenidas que você terá que pegar para seguir para os atrativos dessa primeira fase da viagem. Em breve vamos colocar a resenha completo hotel aqui.

Céu Palace Hotel, em Palmas (Foto: Tati Sisti)

Céu Palace Hotel, em Palmas (Foto: Tati Sisti)

|Roteiro de 5 dias

Se suas expectativas para o Jalapão são altas, pode jogar as expectativas para Palmas e região lá no topo. Fizemos um roteiro de 5 dias completos para que você seja “fisgado” pelas belezas do Tocantins antes mesmo de enfrentar as longas estradas de terra do Jalapão.

Palmas e toda a região próxima nos surpreendeu demais. O visuais são impressionantes, a natureza é daquelas que te fazem querer parar toda hora para tirar uma foto e a energia do rio… Bom, isso nem precisamos falar, é revigorante! O Lago de Palmas, por exemplo, é um dos atrativos, com 170 km de extensão.

|Dia 1

Nosso voo pousou em Palmas bem cedinho, então deu tempo de pegar um carro e fazer um rápido reconhecimento, eliminando já os pontos menos “natureza” do roteiro.

Praça dos Girassóis

Ela fica a 1.4 km do nosso hotel. Daria para ir caminhando, mas fomos de carro já para emendar o próximo ponto a ser visitado.

A praça é bem grande, tem 571 metros quadrados e é considerada a maior da América Latina, sendo a segunda maior praça urbana do mundo (a maior é a Praça Merdeka, em Jacarta, na Indonésia). Ela foi inaugurada no dia 7 de setembro de 200 e reúne o memorial Coluna Prestes, que citamos anteriormente, o Palácio Araguaia (Poder Executivo), a Assembleia Legislativa do Estado do Tocantins (Poder Legislativo) e o Tribunal de Justiça do Estado do Tocantins (Poder Judiciário). Por lá também estão as Secretarias de Governo.

Vários monumentos e obras de arte também foram espalhados ao longo da praça, que foi escolhida como o cartão-postal da cidade. Entre eles está o maior relógio de sol horizontal do país, com 6 metros de altura e 60 metros de diâmetro, e a Rosa dos Ventos, que marca o ponto central entre os extremos do Brasil e coloca a cidade como o Centro Geodésico do País.

Praia do Prata

A Praia do Prata tem uma estrutura bem diferente. Praticamente toda a faixa de areia é coberta por mesas e cadeiras que servem de suporte aos restaurantes que ficam por toda a extensão. Tem, inclusive, muitas cadeiras que ficam dentro da água. Deve ser por esse motivo que ela é a mais frequentada da cidade (mas não foi nossa favorita).

Ela recebe turistas desde 2013, tem estacionamento, banheiros, quadras para a prática de esportes e até área para acampamento. Se você quer um lugar mais badalado, esse é o seu lugar. Mas não é ideal para quem quer só relaxar e pegar um bronze.

Praia do Prata, em Palmas, Tocantins (Foto: Tati Sisti)

Praia do Prata, em Palmas, Tocantins (Foto: Tati Sisti)

Praia da Graciosa

Se seu plano é passar um dia na praia ainda em Palmas, vá para a Praia Graciosa. Nós passamos só para conhecer e também curtimos o pôr do sol por lá, já que o ponto é considerado um dos mais bonitos da cidade para isso.

Ela tem uma orla extensa, com muita estrutura e vários restaurantes famosos. É de lá que saem os barcos para a Ilha do Canela e as chalanas que fazem passeios pelo Rio Tocantins. A orla da Graciosa tem 520 metros, faz parte da Usina Hidrelétrica de Lajeado e é a principal praia da cidade.

Além disso, ela é um dos principais pontos de realização de eventos culturais, esportivos e de lazer da cidade e também é um dos points de descanso dos locais. De lá é possível ver a Ponte da Amizade, que cruza o Lago de Palmas e leva para outras cidades, e também para uma outra prainha charmosa também conhecida como Orla Park, com restaurantes e um deck de onde é possível mergulhar.

Lago de Palmas (Foto: Tati Sisti)

Lago de Palmas (Foto: Tati Sisti)

|Dia 2

Esse dia praticamente não usamos o carro, a não ser para ir até o ponto onde pegamos o barco para o Ilha Canela e voltar para o hotel. Se você quer alugar o carro por um dia a menos, pode colocar a Ilha no primeiro dia em Palmas e pegar o carro só no segundo dia.

Ilha do Canela

Acorde cedinho e vá para o Pier 1 da Praia Graciosa. É de lá que saem os barquinhos que te levam para a Ilha do Canela. Os barcos cobram R$ 25 por pessoa para o transporte de ida e volta da ilha, que demora cerca de 10 minutos, e partem das 8h30 até o pôr do sol. O tempo de permanência na ilha fica a seu critério.

Já adianto que nós adoramos passar o dia inteiro por lá. A Ilha Canela é um oásis no centro do Lago de Palmas e se formou em virtude do alagamento do rio Tocantins durante construção da hidrelétrica Luiz Eduardo Magalhães. Ela tem esse nome porque faz referência a antiga vila que foi extinta com a inundação.


São 45 mil metros quadrados de muita natureza a apenas 3 km da capital do Tocantins. A ilha tem o formato de um retângulo e você pode facilmente caminhar por toda sua volta. Assim que você chega é recepcionado por algum atendente do restaurante local, que te oferece uma mesa e um cardápio com comes e bebes servidos ali.

Se sua intenção é almoçar, como foi a nossa, faça sua escolha e agende o horário que pretende comer. (Dica: nós pedimos meia porção de tucunaré, R$ 60, e comemos muito bem. Vem com arroz, salada vinagrete, farofa e molho tártaro).

A temperatura da água ao meio dia fica uma delícia, quentinha. Quem não quer se banhar, pode curtir as palhoças e se refrescar com o pé na água.

Ao longo do dia algumas lanchas atracam por lá e do horário do almoço para o fim da tarde a ilha tende a ficar mais cheia. Por isso é importante chegar cedo e aproveitar um pouquinho do paraíso mais vazio.

Ilha do Canela, em Palmas (Foto: Gabriel Bester)

Ilha do Canela, em Palmas (Foto: Gabriel Bester)

|Dia 3

Escapar um pouquinho da capital também é essencial. Não muito distante de Palmas, cerca de 35 km, está Taquaruçu, um santuário ecológico constituído como cidade apenas em 1988. Não é por acaso que ela é também conhecida como Vale das Águas, já que reúne mais de 80 cachoeiras abertas a visitação.

Para nosso 3º dia, escolhemos 4 delas (duas em cada propriedade), que têm acesso fácil a poucos metros da TO-030, mesma rodovia que nos leva a Ponte Alta do Tocantins, uma das portas de entrada do Jalapão.

Cachoeira da Roncadeira e Cachoeira Escorrega Macaco

A Cachoeira da Roncadeira é nossa preferida. Linda, com ar de lugar intocado e com queda de impressionantes 70 metros de altura, ela recebeu esse nome devido ao barulho que a água fazia ao bater nas pedras, que lembrava uma Roncadeira.

Para chegar lá é preciso deixar o carro na entrada da trilha, que fica dentro de uma Área de Proteção Ambiental, com entrada controlada onde paga-se R$ 10 por pessoa. São 1500 metros de trilha tranquila, sendo a parte mais difícil a da escadaria, com mais de 130 degraus. Haja fôlego!

Cachoeira da Roncadeira, em Taquaruçu (Foto: Trip To Follow)

Cachoeira da Roncadeira, em Taquaruçu (Foto: Trip To Follow)

O poço dela é bem grande, perfeito para banho e a formação de pedras e galhos ajudou a criar uma piscininha natural rasa para quem quer se refrescar. Há quem faça rapel no paredão da cachoeira. Para isso, é necessário percorrer mais uma pequena trilha até o topo e ir acompanhado por uma empresa local.

Ela é bem fechada e tem um dos visuais mais lindos da região. A dica para encontrá-la vazia é a de sempre: chegue cedo!

Pegando um atalho na trilha – bem sinalizada – você vai encontrar a Cachoeira Escorrega Macaco, que tem esse nome por causa de uma árvore com tronco liso que faz com que os macacos escorreguem de seus galhos. Infelizmente não vimos nenhum.

Ela tem 50 metros de queda, mas não tem poço tão bom para banho quando a Roncadeira. De qualquer forma, é possível caminhar pelas pedras e sentir a queda d’água no corpo. É uma delícia!

Sim, a água de ambas é bem gelada. Mas com o calor que faz lá fora, não é nada difícil dar um mergulho, certo?

Cachoeira Escorrega Macaco, em Taquaruçu (Foto: Gabriel Bester)

Cachoeira Escorrega Macaco, em Taquaruçu (Foto: Gabriel Bester)

Cachoeira do Evilson e Cachoeira do Bugio

A cachoeira do Evilson leva esse nome porque o dono da propriedade se chama Evilson. Ele vive lá há mais de 40 anos e tem no “quintal de casa” uma cascata linda de 21 metros e cercada por árvores de mais de 300 anos.

A caminhada para chegar até ela é curta, cerca de 300 metros, de fácil acesso, mas ingrime. O poço também é bem grande, perfeito para banho. Há um espaço bastante amplo para você deixar suas coisas e aproveitar a cachoeira.

Cachoeira do Evilson, em Taquaruçu (Foto: Tati Sisti)

Cachoeira do Evilson, em Taquaruçu (Foto: Tati Sisti)

Na mesma propriedade está a Cachoeira do Bugio. Basta desviar um pouco da trilha para se deparar com a queda, que tem cerca de 12 metros e termina em um poço pequeno, masa bem bonito. A área da cachoeira é pequena e tem pouco espaço onde a terra se junta com o rio. Vale dar uma passadinha por lá antes de dedicar mais tempo à Cachoeira do Evilson.

Evilson cobra R$ 10 para a visitação das duas cachoeiras. Na frente de sua casa simples, ele tem um boteco improvisado onde sua mulher atende cuidadosamente os turistas que chegam. Foi lá que experimentamos o coco babaçu, típico da região.

Cachoeira do Bugio, em Taquaruçu (Foto: Tati Sisti)

Cachoeira do Bugio, em Taquaruçu (Foto: Tati Sisti)

Pôr do sol no Mirante do Limpão

No caminho de volta, programe-se para assistir ao pôr do sol no Mirante do Limpão. Ele fica na Pedra da Neura, apenas 0,7 km do centro de Palmas. Dá para chegar ao topo de carro (como fizemos) ou percorrer uma trilha por pedras. Quem escolhe ir de carro deve estar preparado porque o acesso na estrada de terra é bem ruim e há chances de atolar.

O visual de lá é inexplicável. É possível ver toda a cidade de Palmas, o Lago de Palmas, a Ponte da Amizade e toda a natureza que cerca a capital.

Mirante do Limpão, em Palmas(Foto: Tati Sisti)

Mirante do Limpão, em Palmas(Foto: Tati Sisti)

|Dia 4

No dia 4 tiramos a prova de que é possível sim visitar o Jalapão mesmo se você tiver pouco tempo na capital do Tocantins. Claro que a viagem é longa e o dia fica puxado, mas se você tem vontade de conhecer um pedacinho desse lugar especial, mas não tem muitos dias na região, coloque no roteiro!

Lagoa do Japonês

Nosso dia começou cedo. Acordamos às 4 da manhã é por volta das 4h45 o nosso guia da Jalapão 360 já estava na porta do nosso hotel, a postos com seu 4×4 e pronto para nossa aventura do dia.

Dependendo do caminho que você faz, pode levar de 4 até 6 horas para chegar na Lagoa do Japonês, que fica no município de Pindorama, quase 250 km de Palmas. Por isso ir com uma empresa deixa o passeio muito menos cansativo, já que eles conhecem o melhor caminho e, claro, você não precisa se preocupar com a estrada. Por falar em estrada, há pontos onde ela é bastante ruim, de terra e é preciso habilidade no volante!

No meio do caminho, algumas paradas estratégicas para ir ao banheiro e tomar um cafezinho e antes das 9h da manhã já estávamos lá, com a lagoa inteira só para nós. Ela é muito maior do que eu imaginava.

Caverna na Lagoa do Japonês, no Jalapão (Foto: Gabriel Bester)

Caverna na Lagoa do Japonês, no Jalapão (Foto: Gabriel Bester)

A lagoa foi batizada com esse nome porque o dono da propriedade era um japonês. A cor da água é impressionante, um verde que chega a doer os olhos quando chega o sol do meio-dia. Ela é cheia de troncos e plataformas de pedras no fundo, mas que ficam visíveis mesmo se você está fora d’água, devido à transparência dela.

Por ser cheia de “surpresas”, é recomendável que você use uma sapatilha aquática. Se você não tiver uma, não se preocupe, é possível alugar ali mesmo por R$ 10. Nem preciso dizer que essa combinação rende fotos incríveis, né?

Depois de mergulhar dali, visite a caverna e prepare-se pra ser ainda mais surpreendido. Ela fica ao lado direito da lagoa e é possível acessar nadando (não muito longe) ou por uma pequena trilha entre as pedras (sim, daquelas que só passa uma pessoa de cada vez). Nós obviamente fomos pela trilha e voltamos nadando para ter as duas experiências.

A caverna é cheia de passagens, mas é recomendável um guia para caminha por lá. Se você estiver sozinho, curta o visual, a ponte construída logo na saída dela e, claro, toda a beleza natural que a cerca. Nós vimos até tartaruga!

Caverna na Lagoa do Japonês, no Jalapão (Foto: Gabriel Bester)

Caverna na Lagoa do Japonês, no Jalapão (Foto: Gabriel Bester)

A Lagoa do Japonês não é uma atração que faz parte do roteiro de muitas agências, mas é um dos lugares mais lindos que visitamos por lá. Por isso também a Jalapão 360 foi nossa escolha certeira.

O almoço também foi por lá e já estava incluso no pacote: carne de panela, galinha caipira, farofa de carne de sol, arroz e salada. Como essa era nossa única atração do dia e voltaríamos para Palmas, ficamos cerca de 7 horas por lá.

|Dia 5

O sexto e último dia foi para pegar a estrada mais uma vez, mas dessa vez ir “ali pertinho”, em Lajeado. O município fica a 65km de Palmas e chegamos lá em 45 minutos, sempre em estrada asfaltada (TO-010) e em ótimas condições.

E Lajeado, onde fica a grandiosa da Usina Hidrelétrica Luis Eduardo Magalhães, reúne absolutamente tudo que um bom apaixonado por natureza gosta: morros, serras, cachoeira, praias e visuais lindos. Não há muita informação sobre lá, principalmente porque é um destino muito mais frequentado por quem vive em Palmas. Mas ele merece sua visita.

Morro do Leão

A Serra do Lajeado é mística e pitoresca, o que nos deixou ainda mais encantados pelo Tocantins. O Morro do Leão foi nossa primeira parada visual. Sua formação em pedra lembra um grande leão em repouso. É muito bonito.

Se você estiver disposto, pode fazer a trilha que tem lá. Mas é necessário chegar bem cedo, já que ela tem 19 km e dificuldade moderada.

Morro do Leão, em Lajeado (Foto: Gabriel Bester)

Morro do Leão, em Lajeado (Foto: Gabriel Bester)

Morro do Segredo

O Morro do Segredo é um dos pontos que eu mais paquerava por foto e queria conhecer. Ele é grandioso, imponente e o primeiro sinal de que você finalmente chegou em Lajeado. São 250 metros de altura em uma formação que mais parece um vulcão, já que parece ter sido formada por lava derretida.

O nome curioso se deve a algumas lendas de fenômenos que acontecem por lá, como por exemplo o aparecimento e luzes misteriosas e que nunca ninguém descobriu de ondem vêm. Por isso os locais consideram que o morro guarde um segredo. A trilha por lá é mais curta, tem 3,2 km, mas é considerada muito difícil.

Se você quer visitar cachoeiras, pode ir à Cachoeira do Lajeado, Balneário Ilha Verde, ou na Cachoeira Viva Vida. Nessa última tentamos ir, seguimos placas, mas nunca chegamos, infelizmente (se você encontrá-la, conta pra gente!).

Morro do Segredo, em Lajeado (Foto: Trip To Follow)

Morro do Segredo, em Lajeado (Foto: Trip To Follow)

Praia do Segredo

Não muito distante do Morro do Segredo está a praia do Segredo. Mais uma vez, uma surpresa boa. Apesar dos turistas serem recebidos por uma grande estrutura de cimento que abriga 2 restaurantes e um bar, o lugar é lindo. Há de fato uma prainha com água do rio, quentinha e perfeita para mergulho. O Morro do Segredo, claro, serve como pano de fundo.

Ela foi inaugurada em maio de 2018, tem horário de funcionamento, das 9h até 1h da manhã e não é necessário pagar para entrar.

Ela fica há 4km da cidade e é permanente, já que fica acima da usina e não sofre influência com a abertura das comportas. O chão da praia é feito totalmente de pedrinhas.

Praia do Segred, em Lajeado (Foto: Gabriel Bester)

Praia do Segred, em Lajeado (Foto: Gabriel Bester)

Praia do Funil

A Praia do Funil é a mais “normal”, mas também a mais rústica que nós fomos. Isso porque o restaurante que tem lá estava fechado. Além disso, carros pagam R$ 20 e motos R$ 5, mas no dia que fomos não tinha ninguém cobrando, então não pagamos nada. Estacionamos o carro e pegamos uma pequena trilha que nos levou até a areia (bem parecida com uma praia) e o rio.

Além dos inúmeros peixes, pássaros pescando, periquitos voando, também escutamos diversas vezes a respiração de um boto, que se aproximava cada vez mais. Mas infelizmente não conseguimos vê-lo, apenas escutá-lo.

Durante a alta temporada, é possível praticar rapel, tirolesa e stand up paddle, atrações que custam entre R$ 10 e R$ 20.

Praia do Funil, em Lajeado (Foto: Tati Sisti)

Praia do Funil, em Lajeado (Foto: Tati Sisti)

Praia do Paredão

A Praia do Paredão foi a que mais nos impressionou. Não é por acaso que uma das cenas da novela “O Outro Lado do Paraíso” foi gravada lá (assista aqui, a partir do 0:54) A Praia do Paredão fica um pouco depois de Lajeado, aproximadamente 9 km em direção a Miracema.

Para chegar lá, é preciso pegar uma pequena estrada de terra e entrar em uma propriedade privada do seu Fernando e desembolsar R$ 20. Também dá para se hospedar por lá, já que a propriedade tem 3 chalés (R$ 100 a diária), e camping (R$ 15 a diária).

O bolsão de areia da praia é cercado pelo Rio Tocantins e por um paredão rochoso que descemos em uma pequena trilha bastante íngreme, mas não muito complicada. Quando fomos, o bolsão estava coberto por alguns centímetros de água, responsável por deixar o visual ainda mais exótico.

Consequentemente a correnteza estava mais forte, mas nada que nos impedisse de passar cerca de uma hora dentro da água. Quando a areia não está coberta, o local desce guarda-sol, cadeira de praia e até o almoço por um “mini-teleférico” construído lá. O almoço custa R$ 39 o quilo.

Praia do Paredão, em Lajeado (Foto: Tati Sisti)

Praia do Paredão, em Lajeado (Foto: Tati Sisti)

Ponte dos Imigrantes Nordestinos “Padre Cícero José de Sousa”

Essa ponte não fica muito longe da Praia do Paredão e vale a pena cruzá-la. Além de ser muito bonita, você tem o visual do Morro do Segredo de um ângulo diferente.

Ela liga os municípios de Lajeado e Miracema do Tocantins e foi inaugurada em 2011, substituindo uma antiga travessia de balsa entre os dois lugares.

A ponte tem esse nome em homenagem aos nordestinos que contribuíram e ainda contribuem para a construção do Tocantins.

Opções de destinos e roteiros no Tocantins não faltam. No Mochileiros.com você encontra várias dicas do que fazer por lá!

* O Trip To Follow viajou em parceria com o Céu Palace Hotel (@ceupalacehotel) e do Jalapão 360 (@jalapao360).

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  1. Agi Bester says:

    Mais um excelente destino no Brasil. Obrigada pelas dicas e pelas fotos maravilhosas!

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