América do Sul

San Andrés: roteiro completo de 7 dias na ilha caribenha

A pequena e charmosa ilha caribenha é famosa por ter o mar de 7 cores e é perfeita para quem quer curtir dias com muita natureza

Publicado em 10/04/2019 por Tati Sisti

San Andrés, na Colômbia, é um destino que enche os olhos. Entre os vários motivos estão o bom preço e o famoso “mar de sete cores” – que se confirma assim que você pisa na ilha. Sim, de fato é possível contar nos dedos 7 diferentes tons de azul e verde.

San Andrés tem tudo que você espera do Caribe: mar de doer os olhos e areia branquinha. É fato que por ser um destino barato em relação aos outros da região, San Andrés pode ter algumas praias mais cheias. Mas é só saber aproveitar da melhor maneira e com certeza você terá momentos únicos e de puro contato com a natureza.

Aliás, se o mar de San Andrés é bonito de fora, prepare-se para ver como é no fundo. Não é por acaso que a ilha é considerada um dos locais sagrados para a prática de mergulho.

Mergulho no navio naufragado em San Andrés (Foto: Tati Sisti)

Mergulho no navio naufragado em San Andrés (Foto: Tati Sisti)

O arquipélago, que fica a cerca de 1h30 de voo de Bogotá, capital da Colômbia, tem uma área de apenas 26km², largura máxima de 3 km e comprimento de 12km. Com isso já dá para imaginar quão fácil é cruzá-la de norte a sul, leste a oeste durante sua viagem.

Alugar uma moto, um carrinho de golf ou uma mule (ou mula) é a opção perfeita para quem quer ter mais liberdade no roteiro e otimizar o tempo por lá. Nós alugamos uma moto durante todo o período (a mais rápida das 3 opções), por R$ 65 a diária, e foi literalmente uma mão na roda durante os 7 dias que passamos por lá.

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Aos curiosos com o preço da gasolina, podemos dizer que com COP 12 mil, cerca de R$ 15, é possível dar a volta completa na ilha. O custo-benefício é ótimo!

Alugar uma moto em San Andrés otimiza ainda mais o roteiro pela ilha (Foto: Tati Sisti)

Alugar uma moto em San Andrés otimiza ainda mais o roteiro pela ilha (Foto: Tati Sisti)

Uma semana, aliás, foi tempo suficiente para curtirmos o melhor da ilha. Mas costumamos dizer que o “tempo mínimo” é o tempo que você tem. Portanto, não deixe de viajar se você tem poucos dias de folga!

Antes de começar a preparar o roteiro, veja aqui tudo que você precisa saber antes de ir para San Andrés.

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|Onde se hospedar

A maioria dos hotéis é simples (claro que tem um ou outro para os mais exigentes) e ficar em algo mais local deixa a viagem ainda mais surpreendente. Em alguns casos, gastar dinheiro com hospedagem não é a melhor escolha principalmente se você quiser aproveitar todo seu tempo para curtir as belezas naturais do local.

Claro que se seu budget for maior, você pode investir em algum hotel da zona hoteleira, no norte da ilha, e se hospedar em um hotel com mais estrutura como o Decameron, GHL Relax Hotel ou Sol Caribe, por exemplo. Mas vale lembrar que a ilha é bem pequena e o “centrinho” não fica tão distante se você não escolher essa área para ficar.

 

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De Brasil 🇧🇷 nos visitan la linda pareja de Tatiana y Gabriel! @Triptofollow @summerhousesanandres

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Nossa escolha foi mais “local”. Ficamos em uma pousadinha muito bem localizada chamada Summer House. Apesar de não ter água quente (como grande parte dos hotéis e pousadas da ilha), tinha um quarto aconchegante, wi-Fi grátis (apesar de lento), não ficava tão longe do centro e tinha mercadinhos por perto. Optamos por cozinhar muitas noites, principalmente depois de um dia longo e de muito mar.

Foi lá também que conseguimos uma moto por um preço muito bom. Lembre-se de sempre negociar em tudo em San Andrés. Você certamente vai conseguir ótimos descontos.

|Dias 1 e 2

Como chegamos na ilha a noite – após uma escala em Bogotá -, fomos direto para o hotel alugar nossa motinho e descansar. Para isso, pegamos um táxi no aeroporto que nos custou COP 16 mil (aproximadamente 20 reais) – lembre-se que as distâncias na ilha são bem curtas, então fique atento ao preço que te cobram no táxi. No dia seguinte, levantamos cedo para explorar a ilha.

Volta de “reconhecimento”

Antes de mais nada, dê uma volta completa na ilha, sem parar em nenhum ponto. Vai ser o suficiente para você saber onde fica alguns dos principais pontos e praias que você vai conhecer durante a viagem e de quebra descobrir alguns spots especiais.

Foi o que aconteceu com a gente. Antes mesmo de mergulharmos – literalmente – nas famosas atrações, descobrimos um cantinho especial, só para nós. Essa ‘piscininha’ natural é acessada através das pedras e corais que ficam na beira da estrada. A escadinha que leva ao mar é colocada de manhã e retirada no começo da noite.

Piscininha natural na costa de San Andrés (Foto: Gabriel Bester)

Piscininha natural na costa de San Andrés (Foto: Gabriel Bester)

Voltamos quase todos os dias lá para dar um mergulho e ver muita vida marinha e não encontramos quase ninguém. Por isso sempre falamos que o caminho sempre pode ser tão bom quanto o destino final, concorda?

Preço: grátis

Praia Peatonal e passeio de jet ski

Depois de nos ambientarmos na ilha, partimos para a primeira praia, Peatonal, também conhecida como Sprat Bight). Essa é a praia do centro e consequentemente uma das mais cheias da ilha. Ela fica bem em frente a ilhota de Johnny Key (que vamos falar em breve) e tem uma orla que reúne os maiores e mais famosos hotéis da região.

Por lá também ficam restaurantes e opções de aluguel de jet ski ou parasail. Aproveitamos para alugar um jet ski e conhecer um pouco melhor o famoso mar de 7 cores. Negocie, negocie e negocie! O preço inicial era de COP 60 mil (R$ 72) por 15 minutos, mas conseguimos fechar pelo mesmo valor por 30 minutos.

Alugamos um jet ski e chegamos bem perto de uma pequena ilha (Foto: Gabriel Bester)

Alugamos um jet ski e chegamos bem perto de uma pequena ilha (Foto: Gabriel Bester)

Fomos até a ilha de Johnny Cay, mas não é permitido atracar, e curtimos um pouco do marzão multicolorido. Atenção! Não é necessário ter a habilitação de motonauta, mas recomendamos. Nós temos e acreditamos que faz parte da sua segurança e de quem está no mar no momento em que você está pilotando o jet ski.

Não voamos de parasail, mas deve ser uma experiência incrível. O voo custa cerca de R$240, para 15 minutos de voo duplo a 100 metros de altura e 8 pessoas na lancha.

Preço praia: grátis
Preço jet ski: cerca de R$ 72

Caminhada pelo centro

Esse foi o passeio quase diário durante nossa passagem por San Andrés. O calçadão fica na praia Peatonal, é fechado para carros e tem várias lojas e duty free. Sim, comprar em San Andrés vale muito a pena! Lá também de free wi-fi que funciona muito bem! A

Ah! Se você ama tirar fotos naquelas famosas placas “I <3 San Andrés”, esse é o lugar. O letreiro fica bem na ponta, no início do calçadão.

Preço: grátis

Arte nas paredes do centrinho de San Andrés (Foto: Gabriel Bester)

Arte nas paredes do centrinho de San Andrés (Foto: Gabriel Bester)

|Dia 3

Focamos em levantar cedo, fazer nosso café da manhã na própria pousada, dar uma rápida atualizada nas redes sociais, subir na motinho e curtir as primeiras horas do dia no paraíso.

Praia San Luís

San Luís é um bairro que margeia a costa leste da ilha e tem, na nossa opinião, as mais belas praias de San Andrés com mesmo nome. Ela fica a 6 quilômetros do centro e está voltado para a Isla Acuario.

A praia é grande, calma e tem até alguns restaurantes bem simples que, se você consumir, pode curtir o dia em espreguiçadeiras. Foi lá que comemos o melhor prato de frutos do mar da ilha e por um preço muito mais amigável que qualquer outro restaurante mais “boa pinta” da ilha.

A faixa de areia branca se estende até a famosa CocoPlun. É possível caminhar até lá e curtir o visual.

Preço praia: grátis
Preço almoço: aproximadamente R$ 38 por pessoa

Praia San Luis, em San Andrés (Foto: Gabriel Bester)

Praia San Luis, em San Andrés (Foto: Gabriel Bester)

CocoPlun e Rocky Cay

O canto da praia CocoPlun fica um pouco mais cheia do que o canto de San Luís, mas é por lá que você consegue acessar a ilhota Rock Cay.

Ela fica aproximadamente 10 minutos ou 500 metros de caminhada por dentro da água e dá pé todo o percurso. Com isso, não é preciso saber nadar. A ilha é minúscula, geralmente fica lotada e tem até locais vendendo alguns drinques. Por lá é possível fazer snorkel e o visual debaixo d’água é lindo, com muita vida marinha. Lembre-se de respeitar a natureza e evitar ao máximo pisar nos corais da região!

Navio encalhado em Rocky Cay (Foto: Tati Sisti)

Navio encalhado em Rocky Cay (Foto: Tati Sisti)

Para nós o que mais se destacou foi o navio naufragado Onassis, cerca de 50 metros da ilhota. Você provavelmente será muito abordado por guias locais querendo te levar para um tour de snorkel ou para explorar o interior do navio, mas é possível fazê-lo sem o acompanhamento de alguém. Claro, é preciso de muito cuidado e atenção já que o navio está completamente enferrujado e o acesso é bastante complicado.

A área onde está o navio é mais profunda, então é extremamente necessário saber nadar. Aos corajosos (o/), vale a pena escalar internamente a embarcação e saltar de uma das janelas, aproximadamente 5 metros de altura. É uma baita experiência. Aos curiosos, o navio é um cargueiro da  frota do milionário Aristóteles Onassis, que foi a pique há quatro décadas.

Preço: grátis

Navio naufragado Onassis (Foto: Gabriel Bester)

Navio naufragado Onassis (Foto: Gabriel Bester)

Mergulho de cilindro Valle de las Estatuas

San Andrés é considerado um dos melhores destinos de mergulho do Caribe. Não só por abrigar a 3ª maior barreira de corais do mundo, mas também por ter águas calmas, quentes e com muita visibilidade.

Nós já fizemos o batismo em outros destinos como Fernando de Noronha e Barbados, mas nunca tiramos o certificado. Por isso, sempre temos que renovar o curso em uma piscina antes de partir para o mar.

Feito isso, cruzamos a pé algumas pedras e entramos no mar para ir ao encontro do Valle de las Estatuas, formalmente conhecido como Punta PADI. Submergimos 12 metros em uma área com muitas cavernas e vida marinha bastante colorida. Mas o destaque é conhecer algumas das 50 estátuas afundadas. Ficamos cerca de 50 minutos dentro da água e fomos apenas nós e nosso guia/instrutor. Quer coisa melhor?

Saímos da água na esperança de ver o pôr do sol, mas infelizmente o céu estava nublado nesse fim de tarde. E sim, mesmo assim a água estava com visibilidade impecável.

Empresa: Scuba San Andrés
Preço: Aproximadamente R$ 130

Mergulho no Valle de las Estatuas, em San Andrés (Foto: Gabriel Bester)

Mergulho no Valle de las Estatuas, em San Andrés (Foto: Gabriel Bester)

|Dia 4

Separamos esse dia para dar mais uma volta completa na ilha e conhecer os pontos turísticos principais da região. Já vá preparado, pois os lugares mais famosos são também os lugares mais aglomerados. De qualquer forma, não deixamos de aproveitar esses pontos.

West View Point

West View Point é uma piscina natural com direito a trampolim e tobogã. Há também uma escadinha para os menos corajosos. Apesar de ficar cheio, vale a pena visitar. Cardumes de peixes ficam na encosta e consequentemente é um dos melhores lugares para a prática de snorkel. Para entrar é preciso pagar COP 5 mil, cerca de R$ 6 por pessoa.

Essa costa da ilha não tem areia, então o mar fica em contato direto com uma rocha e a água fica extremamente clara. O local é bem fundo e, por isso, é necessário saber nadar ou usar colete salva-vidas (que pode ser alugado lá mesmo).

Se você é bom de apneia, pode afundar cerca de 8 ou 10 metros e chegar pertinho da estátua de Poseidon que fica no fundo do mar. De qualquer forma, é possível avistá-la da superfície, apenas boiando.

Há também um passeio chamado Aquanauta, onde você mergulha com um escafandro e literalmente caminha no fundo do mar e respira naturalmente sem a necessidade de carregar um cilindro nas costas. O passeio custa COP 90 mil, cerca de R$ 110. Nós optamos por não fazer.

Preço West View: R$ 6
Há opção de aluguel de snorkel e colete salva-vidas no local.

Mergulho de snorkel em West View Point (Foto: Gabriel Bester)

Mergulho de snorkel em West View Point (Foto: Gabriel Bester)

La Piscinita

Mais um ponto turístico que não é praia, é menos cheio que o West View e, desconsiderando a falta dos dois atrativos tobogã e trampolim, nos conquistou mais que o anterior.

Exatamente por ter menos “atrações”, o lugar atrai menos pessoas. Mas consequentemente, mais peixes, que ficam tranquilos na encosta rochosa. É mais um lugar perfeito para a prática de snorkel.

La Piscinita tem um restaurante pequeno, algumas poucas pesas e cadeiras, um banheiro é é perfeito para quem quer dar um mergulho e contemplar o visual.

Preço La Piscinita: R$ 3
Há opção de aluguel de snorkel e colete salva-vidas no local.

Vista de cima de La Piscinita, em San Andrés (Foto: Gabriel Bester)

Vista de cima de La Piscinita, em San Andrés (Foto: Gabriel Bester)

Hoyo Soplador

O Hoyo Soplador nada maior é do que um buraco e jorra vento dependendo da força do mar. A fenda natural no meio das pedras “sopra o vento” devido à força das ondas que quebram abaixo do buraco. Quando a onda bate, cabelos ao vento!

Algumas vezes há fila no local, mas quando fomos estava bem vazio, mas também sem muito vento também. O mar estava bem calmo.

De qualquer forma, foi bom para comer algo no restaurante que tem lá (e é bem barato), beber uma água de coco e passear pela pequena feirinha de artesanato.

Apesar de ser grátis, fique atento pois é o lugar com mais assédio de ilhéus querendo ganhar algum dinheiro com os turistas.

Preço: grátis

Visual do Hoyo Soplador, em San Andrés (Foto: Gabriel Bester)

Visual do Hoyo Soplador, em San Andrés (Foto: Gabriel Bester)

Playa Charquitos

Essa prainha é pouco conhecida por esse nome e quase nunca está cheia exatamente porque a faixa de areia é pequena e não tem absolutamente nenhuma estrutura de hotéis e restaurantes por perto. Para nós, particularmente, isso deixa o lugar ainda melhor!

O mar da Playa Charquitos tem uma pequena barreira de corais não muito no fundo, mas que deixa a parte rasa da água literalmente como uma piscininha. É perfeito para quem quer fazer uma pausa durante a volta na ilha e se refrescar. Vale a pena a parada.

Preço: grátis

Playa Charquitos, em San Andrés (Foto: Trip To Follow)

Playa Charquitos, em San Andrés (Foto: Trip To Follow)

|Dia 5

Escolha m dia completo do seu roteiro para passar fora da “ilha principal”. Aos arredores de San Andrés existem várias ilhotas em que o acesso só é possível de barco, com hora para ir e hora para voltar. Cayo Bolivar, por exemplo, estava na nossa listinha de desejos, mas infelizmente estava fechada para visitação. Quando você for para San Andrés, informe-se sobre lá.

Johnny Cay

Antes de mais nada, vale avisar que quando você estiver na ilha, vão te oferecer o passeio para Johnny Cay e para a Isla Acuário no mesmo dia. Não opte por isso! Johnny Cay vale um dia inteiro!

Essa ilhota fica em frente a Peatonal de San Andrés e em aproximadamente 10 minutos de barco você chega lá. Ela é bem pequenininha e pode ser conhecida a pé em pouco tempo. Nada mais perfeito, já que a área onde chegam os barcos costuma ficar lotada. Basta você caminhar para o outro lado da ilha e encontrar um cantinho quase só para você, longe das espreguiçadeiras que custam cerca de R$ 25, mas debaixo de um coqueiro, de graça!

Praia na ilhota Johnny Cay, em San Andrés (Foto: Gabriel Bester)

Praia na ilhota Johnny Cay, em San Andrés (Foto: Gabriel Bester)

Ainda no barco o responsável que leva os turistas para lá pergunta quem vai querer almoçar para que ele possa deixar avisado no restaurante da ilha. Você escolhe um PF e avisa mais ou menos o horário que vai querer comer (que tal um peixe frito, arroz com coco e saladinha?). Assim todo mundo se organiza e otimiza o tempo na ilha. Os preços são bem atraentes e um prato bem servido não custa mais que R$ 30.

Ainda do outro lado, onde há menos gente, você vai dividir espaço com dezenas de iguanas de todas as cores e tamanhos. Sim, elas são as “donas da ilha”! A ilha é linda, a cor do mar é impressionante e, de cima, ela tem o formato de um coração.

A maioria dos barquinhos que vão para Johnny Cay sai de San Andrés às 9h e partem da ilhota às 16h. Para entrar na ilha paga-se R$ 6 e o transfer de barco custa R$ 12. Mas lembre-se que tudo lá é negociável, então pode “chorar” na hora que for fechar o barco.

Preço: R$ 6 para entrar na ilha / R$ 12 transfer

Vista do alto da Isla Johnny Kay (Foto: Gabriel Bester)

Vista do alto da Isla Johnny Cay (Foto: Gabriel Bester)

Extra: Isla Acuario

Além de não querer “dividir” o dia de Johnny Cay com Isla Acuario, a pequena ilha estava fechada quando fomos. Isso pode acontecer em todas as ilhotas dependendo da época do ano. A Colômbia mantém a área fechado por alguns dias para recuperar a natureza que é pouco a pouco degradada com o grande número de turistas.

De qualquer forma se você for para San Andrés e ela estiver aberta, visite. Ela é ainda menor que Johnny Cay e como fica muito perto da barreira de corais, forma uma espécie de aquário de tanto peixe.

Ali do lado fica uma outra ilhota conhecida como Haynes Cay (que também estava fechada). Para ir de uma ilha para a outra, basta caminhar. A água não passa da altura da cintura. Os preços são os mesmos da ilha Johnny Cay.

Se você não tiver muito tempo em San Andrés e quiser conhecer as duas ilhas, o passeio sai cerca de R$ 30, sendo metade do tempo em cada ilhota.

Preço: R$ 6 para entrar na ilha / R$ 12 transfer

|Dia 6

O penúltimo dia foi dedicado à uma nova praia para relaxar antes de ir para o segundo mergulho. Se você quiser mergulhar, recomenda-se que não faça nem no primeiro nem no último dia que você estiver na ilha, evitando que seu corpo não estranhe a pressão do fundo do mar X a pressão do avião.

Playa Sound Bay

Essa praia é típica caribenha, com areia clara e fofinha e um marzão com vários tons de azul. A maior diferença dela para as outras, é que fica em uma área mais residencial e não é possível vê-la da estrada.

Ela consequentemente fica bem mais vazia que as outras. Ainda assim é possível alugar espreguiçadeiras em algum dos restaurantes que ficam perto da areia, incluindo o famoso Donde Francesca.

A Sound Bay é continuação da San Luis, mas o cenário é completamente diferente. Nesse caso, os recifes ficam bem distante da faixa de areia, completamente cobertos pelo mar. Apesar do mar ser bem calmo, não há piscinas naturais.

Preço: grátis

Praia de Sound Bay, em San Andrés (Foto: Tati Sisti)

Praia de Sound Bay, em San Andrés (Foto: Tati Sisti)

Mergulho de cilindro Barco Hundido

Depois do primeiro mergulho em San Andrés, a vontade de voltar pra água só aumenta. Por isso, marcamos o segundo com a mesma empresa, em outro ponto incrível da ilha, o Barco Hundido.

Este é mais um ponto que você não precisa nem pegar o barco. Descemos por uma escadinha no meio das pedras da costa, mergulhamos e chegamos no barco naufragado nadando.

A embarcação é um cargueiro médio Blue Diamond de 35 metros e foi afundada intencionalmente em 1998 para criar um habitat de peixes e outras espécies marinhas. Com isso, consequentemente se criou mais um ponto de mergulho perfeito para quem quer ver recifes, corais e cardumes. Ele fica a aproximadamente 12 metros de profundidade. Este ponto, inclusive, é famoso para adeptos de mergulho-livre (mergulho na apneia).

Tivemos a surpresa de encontrar arraias, peixe-leão e uma “senhora” barracuda. A vida marinha realmente se propagou naquele “pedaço” de metal nas profundezas. Assim que voltamos para a superfície, fomos presenteados com um belíssimo pôr do sol. Tem melhor forma de terminar o dia?

Empresa: Scuba San Andrés
Preço: Aproximadamente R$ 130

Mergulho de cilindro no barco naufragado, em San Andrés (Foto: Gabriel Bester)

Mergulho de cilindro no barco naufragado, em San Andrés (Foto: Gabriel Bester)

|Dia 7

Mirante

No último dia decidimos nos enfiar com a motoca na área mais residencial de San Andrés e acabamos conhecendo por acaso um mirante no alto do único morro da ilha.

O mirante fica ao lado da Igreja Batista, a primeira igreja da cidade, e é muito fácil de chegar se você estiver de moto. Acredito que não seja possível chegar lá de carrinho de golfe ou mule. Lá de cima é possível ver a parte mais verdinha de San Andrés e as 7 cores do mar caribenho.

Para entrar é preciso pagar R$ 2,50. Lá no alto tem um pequeno bar também.

Passeio de barco

Não resistimos e passamos nossa última tarde no mar. Dessa vez escolhemos um passeio de barco que tinha como primeiro destino o Parque Regional de Mangle Old Point, um santuário de flora e fauna no leste de San Andrés.

Pudemos observar de pertinho os mangues com mexilhões e caranguejos. É possível fazer esse passeio em um caiaque transparente em um passeio chamado Eco Fiwi! Depois disso, seguimos para o avistamento de mantarraya.

Vida marinha perto de El Acuario, em San Andrés (Foto: Gabriel Bester)

Vida marinha perto de El Acuario, em San Andrés (Foto: Gabriel Bester)

Atenção: tínhamos muito medo de ir nesse passeio pois somos 100% contra atrações que envolvam a exploração de animais. O avistamento de mantarraya em San Andrés não explora nem mantém os animais presos.

O barco vai para alto mar onde existe um banco de areia e muitas mantarraya costumam ficar. Elas estão 100% soltas, no meio do mar e gostam dessa região exatamente porque curtem ficar na areia. De fato elas passam bem perto da gente e se aproximam espontaneamente dos turistas enquanto nadam no mar.

Vale destacar que há supervisão durante todo o avistamento para que os animais sejam respeitados. É completamente proibido jogar qualquer tipo de alimento na água para atraí-las.

Encontro com as mantarrayas em San Andrés (Foto: Gabriel Bester)

Encontro com as mantarrayas em San Andrés (Foto: Gabriel Bester)

Quando todos retornaram ao barco, o responsável pelo passeio perguntou se queríamos ver de pertinho um navio que está encalhado há anos na 3ª maior barreira de corais. Para isso, teríamos que pagar mais R$ 4 por pessoa. Lógico que todos concordaram (mas fique atendo a estes “extras” que cobram nos passeios).

O preço desse passeio pode variar. No centro você vai encontrar várias ofertas, com vários roteiros diferentes. Basta deixar claro o que você realmente deseja conhecer e fechar um valor. Nós pagamos R$ 18 por pessoa.

Preço: R$ 22

A última noite também foi caminhando no centrinho da ilha. No dia seguinte cedinho voltamos para o Brasil.

|Média de gastos gerais

  • Passagem: entre R$ 1200 e R$ 1800 (acompanhe as promoções das cias aéreas)
  • Alimentação: entre R$ 20 e R$ 40 por refeição
  • Aluguel de snorkel e pé de pato: R$ 10 por passeio (por isso, vale mais a pena você levar o seu)
  • Pousada: a partir de R$ 150 o casal (há pousadas mais simples e resorts mais caros. A pousada que escolhemos e citamos acima custou R$ 200 a diária para o casal)
  • Atrações: de R$ 3 a R$ 130 (mergulho com cilindro)
  • Aluguel de carrinho de golf / mula / moto: aproximadamente R$ 120/ R$ 150 / R$ 65 por dia (lembre-se de negociar)
  • Visitas às ilhas: de R$ 17 a R$ 25

Veja mais fotos de San Andrés na galeria abaixo:

Quer fazer uma viagem dessas? A gente organiza tudo para você. Mande um email para hello@triptofollow.com e peça seu orçamento!

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    • Tati Sisti says:

      Não gastamos muito. Essa viagem é realmente barata. Pagamos R$ 1200 na passagem por pessoa, não gastamos mais de R$ 30 por refeição e não mais de R$ 200 na diária do hotel. O passeio mais caro é o mergulho de cilindro, por volta de R$ 130.

    • Tati Sisti says:

      Oi! 🙂
      Usamos GoPro para as fotos na água, Canon T6 e tem muitas fotos de celular (iPhone 10)

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