De Mariana Pimentel até Urubici: roteiro e hospedagens únicas

Publicado em 22/05/2022 por Tati Sisti

Cachoeiras, trilhas, mirantes, uma pitada de aventura e estradas lindíssimas. O Rio Grande do Sul e Santa Catarina reservam destinos incríveis para amantes da natureza e, claro, da adrenalina.

É possível misturar um pouquinho do tradicional com aqueles lugares mais inóspitos e poucos visitados, e fazer um roteiro para lá de especial.

A viagem fica ainda mais completa quando as hospedagens são únicas e sempre inseridas em um cenário pitoresco. Levamos a série #CaçadoresDeHospedagens para o sul e fomos surpreendidos positivamente.

Nessa trip, com mais de 500km de estrada rodados, tivemos a Localiza como nossa parceira.

Roadtrip com a Localiza (Foto: Trip To Follow)

Roadtrip com a Localiza (Foto: Trip To Follow)

Nós pegamos um voo em São Paulo e descemos em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Pegamos nosso carro no aeroporto e parimos para uma das viagens mais incríveis que já fizemos no país.

Passamos por diferentes cidades em uma viagem de 15 dias, onde conhecemos 8 hospedagens não convencionais diferentes. Você pode assistir aos stories: São Francisco de Paula, Mariana Pimentel, Morro Reuter, Cambará do Sul, Vila Cristina, Urubici 1, Urubici 2 e Urubici 3.

|Mariana Pimentel

A viagem começa em Mariana Pimentel, a 76 km da cidade de Porto Alegre. A cidade não é muito explorada turisticamente, mas já adiantamos: vale a pena conhecer.

A primeira parada é a Pedra Equilibrada. Seu formato é um mistério. A pedra que fica literalmente equilibrada pesa cerca de 750 toneladas e está apoiada em um diâmetro de apenas 60 centímetros da outra pedra.

Pedra Equilibrada, em Mariana Pimentel (Foto: Trip To Follow)

Pedra Equilibrada, em Mariana Pimentel (Foto: Trip To Follow)

O acesso supertranquilo e o visual vale a pena. Nem Waze nem Google Maps levam até lá, mas você pode perguntar para os moradores da região e eles te indicarão o caminho certo. Não tem muito segredo.

Outro lugar que você não pode perder é um dos pontos turísticos mais famosos da cidade, a Cascata do Português. Aqui cobram 9 reais por pessoa para entrar e tem espaço para piquenique e até camping para quem busca um lugar para dormir.

Cascata do Português, em Mariana Pimentel (Foto: Trip To Follow)

Cascata do Português, em Mariana Pimentel (Foto: Trip To Follow)

O carro para pertinho e a caminhada até a cachoeira é tranquila, nem 5 minutos. É possível acessar a parte debaixo e de cima da cascata. Do alto tudo fica ainda melhor! A gente conseguiu ver até uma família de macaquinhos.

A Cascata do Chicão não fica muito longe dali, mas é bem mais vazia e praticamente ninguém conhece. Você provavelmente terá o poço da cachoeira só para você. Vale a pena conhecer.

Cachoeria do Chicão, em Mariana Pimentel (Foto: Trip To Follow)

Cachoeria do Chicão, em Mariana Pimentel (Foto: Trip To Follow)

Onde se hospedar:

As cabanas a-frame, aquelas com um formato A, fazem muito sucesso por aqui. A estrutura é utilizada há milhares de anos, mas os modelos mais atuais ganharam popularidade apenas no século XX.

A Salto tem aquela carinha de cabana gringa, com ofurô do lado de fora que só esquenta na base da lenha e do fogo, mas pode chegar até a 40 graus. Ela foi construída num espaço que dá um “quê” ainda mais internacional, com muito verde ao redor e a perfeita sensação de isolamento e destino inóspito.

RESERVE A CABANA SALTO NA HOLMY.

|Santa Maria do Herval e Morro Reuter

Dali partimos para Santa Maria do Herval, uma cidade charmosa, que faz parte da Rota Romântica Gaúcha. Ela fica a 78 quilômetros da capital do Rio Grande do Sul e a 27 quilômetros de Gramado. Nosso destino por lá foi a Cascata e Caverna dos Bugres, que tem entrada gratuita e de fácil acesso.

Cachoeira dos Bugres, em Santa Maria do Herval (Foto: Trip To Follow)

Cachoeira dos Bugres, em Santa Maria do Herval (Foto: Trip To Follow)

Não é preciso dar mais de 50 passos para chegar em um lugar pitoresco e rodeado por uma vegetação nativa. A cachoeira de 10 metros de altura já vale a visita, mas você também pode caminhar até a caverna onde os índios, chamados bugres, se protegiam do clima frio da região. Romântico demais.

A cidade é vizinha de Morro Reuter, uma cidadezinha com “quê” da Alemanha e vários restaurantes típicos do país.

Onde se hospedar:

A Fox Farm Hill fica em Morro Reuter, a 60 km de Porto Alegre e 40 km de Gramado. Ela tem um estilo mais rústico, mas num cantinho só dela, sem ninguém por perto.

Ela foi construída no meio de muita natureza, em frente a um laguinho, com patos, galinhas e até macacos por perto.

A cabana não tem Wi-Fi, não tem TV e a proposta de isolamento foi levada ao pé da letra. Ela tem cozinha completa, acomoda até 4 hóspedes. O quarto, no andar de cima, tem vista para o verde e para o nascer do sol. Acordar com os primeiros raios de sol e o barulho dos animais faz parte da experiência.

Parece remota, mas na verdade ela está a 5 minutinhos do centrinho da cidade, com restaurantes e alguns pontos turísticos.

RESERVE A FOX FARM HILL NA HOLMY

|São Francisco de Paula

Já que falamos de romance, vale a pena rodar 65 km e chegar até São Francisco de Paula, casa do recém-inaugurado Mátria Parque de Flores. O local é um complexo com 30 jardins diferentes interligados por um caminho de oito quilômetros de extensão.

Mátria Parque de Flores, em São Francisco de Paula (Foto: Trip To Follow)

Mátria Parque de Flores, em São Francisco de Paula (Foto: Trip To Follow)

O parque demorou cerca de 2 anos para ser construído e tem um acervo inicial de 7 milhões de mudas de plantas de 300 espécies diferentes. Entre os destaques, estão o roseiral com mais de 22 mil mudas e um dos maiores túneis de glicínias do mundo.

O lugar é uma delícia e bastante instagramável. Os ingressos custam a partir de R$59,50.

Onde se hospedar:

O Tedesco Eco Park é um acampamento de luxo, também conhecido como glamping, combinação de glamour e acampamento. Isso significa que você se hospeda em uma estrutura rustica, com uma pitada de luxo.

Essas cabanas foram inspiradas nas tendas árabes do deserto e nas tendas dos safáris africanos. Elas foram construídas em um terreno de 100 hectares, em um bosque de pinus.

São 24 tendas posicionadas estrategicamente de frente para uma represa com um visual incrível. Neste caso, a hospedagem é completa, com café da manhã, almoço e jantar, além de diversas atividades que o hóspede pode contratar a parte, como passeio de barco, de utv, a cavalo, caiaque e trilhas.

RESERVE O TEDESCO ECO PARK

|Vila Cristina

Fizemos um desvio no trajeto que fez toda a diferença na viagem. Fomos até Caxias do Sul conhecer uma das nossas hospedagens queridinhas, a Casa Asolo, da Villa Montegrappa.

No topo da montanha, com vista para o nascer e para o pôr do sol, a cabana fica dentro de uma vinícola familiar. É daqueles lugares impactantes, que te fazem não querer ir embora.

O local foi inspirado em Monte Grappa, uma montanha dos pré-Alpes Venetianos, em Vêneto, na Itália, a 1775 metros acima do nível do mar. Asolo é uma cidadezinha que fica aos pés dessa montanha e conta um pouco da história de seus anfitriões, que são descendentes de italianos.

O principal foco deles é ter lugares especiais, que conversem com o externo e a natureza de forma complementar. E é exatamente isso que acontece. Como resistir a esse ofurô em uma área exclusiva de vidro?

No mesmo terreno, mas com total privacidade, também tem a Casa Castelcucco, outra cabana incrível.

RESERVA A CASA ASOLO NA HOLMY

RESERVA A CASA CASTELCUCCO NA HOLMY

|Cambará do Sul e Praia Grande

Já na fronteira entre Rio Grande de Sul e Santa Catarina, após rodar mais 70 quilômetros, chegamos em Cambará do Sul para conhecermos os famosos cânions.

Nossa escolha foi o cânion Itaimbezinho, no Parque Aparados da Serra. Com profundidade de até 700 metros, paredões verticais e fenda estreita, é um dos maiores das américas.

Cânion Itaimbezinho (Foto: Trip To Follow)

Cânion Itaimbezinho (Foto: Trip To Follow)

São 3 opções de trilhas e todas oferecem vistas surreais. Sabe o que é mais incrível? Toda a parte de cima dos cânions pertence ao Rio Grande do Sul, e a de baixo a Santa Catarina.

Para entrar, é preciso pagar 50 reais por pessoa e 10 reais de estacionamento.

Impossível estar ali e não ver os cânions do céu! Isso mesmo, fizemos um voo de balão em um dos lugares mais lindos do Brasil. O passeio começa em Praia Grande, antes mesmo do sol nascer e dá para acompanhar o processo de preparação dos balões. Fizemos o passeio com a Canyons do Sul e voamos com a Rosa dos Ventos Balonismo.

Voo de balão em Praia Grande (Foto: Trip To Follow)

Voo de balão em Praia Grande (Foto: Trip To Follow)

A experiência completa dura cerca de 3 horas, sendo mais ou menos 45 minutos no ar, curtindo a beleza do lugar. O passeio é supertranquilo e traz uma paz incrível da imensidão. Nem precisa ser corajoso para estar aqui….

Depois, seguimos para um passeio pelos pés dos cânions, ainda com a Canyons do Sul, e fizemos um piquenique único em um lugar isolado e inóspito. Melhor forma de finalizar essa aventura.

Piquenique em Praia Grande (Foto: Trip To Follow)

Piquenique em Praia Grande (Foto: Trip To Follow)

Onde se hospedar:

Este outro glamping fica em Cambará do Sul e tem um formato pra lá de curioso. Casulos!

Com design exclusivo e criativo, o Parador Cambará do Sul tem apenas 7 hospedagens nesse estilo, nomeados com diferentes tipos de abelhas nativas da região. Apesar de estarem interligados por uma passarela, cada um tem total privacidade. Não por acaso, o nome casulo é uma metáfora de transformação, já que ele é um lugar onde os hóspedes poderão se isolar e se conectar com a natureza de uma forma única. Leia mais sobre a nossa experiência nessa hospedagem.

O casulo tem 24 metros quadrados com interior bastante elegante, amenities, minibar cortesia e até o tradicional serviço de hotelaria. Em uma das pontas, hidromassagem quintinha e lareira ecológica voltados para o visual do Campos de Cima da Serra.

Por aqui, os hóspedes têm incluso café da manhã, mas também é possível almoçar e jantar no restaurante do complexo pagando um valor a parte. Vale a pena!

RESERVE O PARADOR CAMBARÁ DO SUL

|Urubici

Esse foi um dos momentos mais esperados por nós nessa viagem. O trecho mais longo dessa roadtrip foi para chegar em Urubici. São cerca de 180 quilômetros, mas vale a pena.

Saltamos do penhasco no desejado por alguns e temido por outros salto de pêndulo. A aventura foi instalada no topo da Cascata do Avencal, no Parque Mundo Novo. O lugar também é lindo para quem quer simplesmente curtir o visual.

Salto do Pêndulo, em Urubici (Foto: Trip To Follow)

Salto do Pêndulo, em Urubici (Foto: Trip To Follow)

Bom, adrenalina não falta! São 100 metros de altura, 70 metros de queda e 3 segundos de queda livre. Para curtir esse friozinho na barriga é preciso investir R$ 500 por salto.

Atrações em Urubici não falta. Uma delas é o Morro do Campestre, formações de arenito localizadas no topo de uma montanha sobre o vale do rio Canoas, a 1380 metros de altitude.

Morro do Campestre, em Urubici (Foto: Trip To Follow)

Morro do Campestre, em Urubici (Foto: Trip To Follow)

O destaque é esse buraco impressionante que pode ser avistado de longe. Lá no alto há vários mirantes com vistas de 360 graus. O carro chega pertinho do topo do morro e a entrada custa R$ 10.

Outro lugar que não pode ficar de fora do roteiro é a Cachoeira Papuã. Sim, é aqui que tem a famosa plataforma de vidro e é realmente incrível.

Para chegar lá, é preciso percorrer uma passarela de cerca de 300 metros de extensão e depois aproveitar o visual diretamente da margem de um precipício de 120 metros de altura.

Cachoeira Papuã, em Urubici (Foto: Trip To Follow)

Cachoeira Papuã, em Urubici (Foto: Trip To Follow)

Dali é possível observar duas quedas d’água, dependendo da época do ano. A entrada custa R$ 20 e outras atividades devem ser pagas a parte.

Dê uma escapadinha para conhecer a Serra do Corvo Branco, que possui o maior corte em rocha no Brasil com 90 metros de profundidade, localizada na Serra Catarinense, a 1.470 metros de altitude.

A serra é surpreendente e fica um trecho da rodovia SC-370, situada numa região de topografia acidentada, entre fendas e montanhas íngremes.

A parte mais crítica, e consequentemente a mais bonita, tem 600 metros,  curvas de 180 graus, e diversos mirantes e pontos para fotos da estrada.

Corvo Branco, em Urubici (Foto: Trip To Follow)

Corvo Branco, em Urubici (Foto: Trip To Follow)

Onde se hospedar:

Outra delas em formato A, é The Hill Farm. Sua característica mais marcante é a cor. Ainda é muito difícil encontrar no Brasil cabanas que fujam do tradicional preto e marrom.

Ela é cheia de cantinhos charmosos, tem uma jacuzzi externa ao lado da churrasqueira, sala de TV, lareira e cozinha completa. O mezanino, onde fica o quarto, é bastante romântico e tem uma vista incrível!

RESERVE A THE HILL FARM NA HOLMY

Você também pode ter a experiência de se hospedar em uma tiny house da Taipa, a Cabana Panorama. Essas cabanas compactas também ganharam popularidade nos últimos anos, principalmente por conta do minimalismo, mas apesar de parecerem pequenininhas por fora, são completas e bem aconchegantes por dentro.

Visitamos esta em uma propriedade rural e fomos surpreendidos positivamente. Ela foi perfeitamente inserida na natureza para o casal ter privacidade e muita conexão. Uma das nossas partes preferidas é essa rede suspensa por motivos óbvios.

RESERVE A CABANA PANORAMA NA HOLMY

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