América do Sul

Curta um dia de esqui pelo Valle Nevado, no Chile

Observar as belezas da região dos Andes é uma experiência única. Mesmo que você não saiba ou não queira esquiar, vá para o Valle Nevado

Publicado em 18/06/2018 por Tati Sisti

Se você tem uma viagem marcada para Santiago, no Chile, reserve um dia para visitar o Valle Nevado, a estação de esqui mais famosa do país, com a maior superfície da América do Sul.

Há mais de 40 pistas pistas para praticantes de vários níveis: 9% delas para principiantes, 31% para intermediários, 40% avançados e 20% para experts. Você vai se divertir pelas 4 montanhas do complexo: a mais alta, denominada El Plomo; El Bismark, de acesso fácil; La Paloma, que se destaca pela impressionante geleira; e a mais charmosa por toda sua diversidade de cores, El Pintor.

Ficar por algumas horas observando as belezas da região dos Andes é uma experiência única. Mesmo que você não saiba ou não queira esquiar, faça o passeio. Confie, você não vai se arrepender!

Para quem quer ficar hospedado em Farellones, El Colorado e La Parva, a região é abastecida com hotéis 5 estrelas, apartamentos de aluguel, muitos restaurantes, bares e 8 teleféricos.

Hotel dentro do complexo de esqui do Valle Nevado (Foto: Tati Sisti)

Hotel dentro do complexo de esqui do Valle Nevado (Foto: Tati Sisti)

Mas se você não está hospedado por lá, o passeio de um dia vale a pena. Estávamos de carro, mas optamos por solicitar um serviço de transfer que nos levasse até o local. Como não estamos acostumados a dirigir na neve e teríamos que colocar correntes nas rodas, decidimos poupar esforços.

Se tiver interesse nesse tipo de serviço, normalmente o hotel que você estiver hospedado poderá indicar. O carro nos buscou no hotel às 7h e passamos em uma loja para alugar roupas, botas, óculos e prancha de snowborad. O equipamento completo custou certa de 70 mil pesos chilenos (R$ 343). É… este é um esporte caro.

A viagem tem cerca de 55 km, dura aproximadamente uma hora e meia e a estrada tem paisagens incríveis. Na maioria das vezes os turistas fazem algumas pausas no meio do caminho para irem se acostumando com a altitude.

Estrada que leva ao Valle Nevado (Foto: Tati Sisti)

Estrada que leva ao Valle Nevado (Foto: Tati Sisti)

Chegando lá, fizemos a reserva para nossa aula de snow. Tivemos sorte, pois foi praticamente particular, já que a procura por esqui é bem maior e mais fácil, cá entre nós. Não precisamos agendar antes, mas é bom se programar, caso a sua viagem seja na alta temporada. Era fim de agosto e pegamos o Valle completamente branquinho e algumas rajadas de neve.

A aula dura cerca de duas horas e é cansativa. Apesar da temperatura ambiente negativa e dos vários tombos, você chega a suar a camisa! Por sorte a rampa de principiantes tem uma esteira rolante que leva os esportistas de volta para o alto. Depois disso, as rampas são free. Você tem a opção de ficar nas mais baixas ou subir com o teleférico para as mais altas. Como as outras pistas são realmente bem mais altas e você desce da cadeira do teleférico direto pra neve, é aconselhável ir depois de muito treino.

Aqueles que já praticam o esporte podem explorar o The Gap Snowpark. Ele foi desenvolvido especialmente para a prática de manobras, com muitos obstáculos que se alternam em diferentes dificuldades para quem busca mais adrenalina.

Estação de esqui no Valle Nevado (Foto: Tati Sisti)

Estação de esqui no Valle Nevado (Foto: Tati Sisti)

| Hora do almoço no Valle Nevado

Não é só de neve e esqui que se vive um turista no Valle Nevado. A região tem vários restaurantes. La Fourchette (culinária francesa), Mirador Del Plomo (buffet mediterrâneo), Don Giovanni (culinária italiana), Sur (cozinha gourmet chilena), La Lañera (bar bistrô), Restaurante Plaza de La Góndloa (variada) e o Bajo Zero (fast food). Escolhemos o último: mais barato, mas não menos bonito e gostoso.

Paramos em um dos decks ao lado das pistas mais baixas e comemos X-burguer com batata frita muito saboroso. O local é quentinho e com wi-fi liberado. Apesar de ser cômodo, a beleza do lado de fora é tentadora. E lá fomos nós…

Mas algumas horinhas no snow, uma pausa para o boneco de neve e fomos para o deck tomar chocolate quente. Ficamos nas mesinhas do lado de fora observando os tombos de uns, os saltos de outro e assim o tempo passou. Às 16h30 o motorista do transfer passou para nos buscar.

Apesar do cansaço, não durma na volta! A estrada é a mesma que fomos, mas o visual muda completamente.

Estação de esqui no Valle Nevado (Foto: Tati Sisti)

Estação de esqui no Valle Nevado (Foto: Tati Sisti)

| Quando ir?

No inverno, claro. A temporada dura cerca de 3 meses, do final de junho até final de agosto/começo de setembro. Nos outros meses você provavelmente só vai ver neve no cume das montanhas. Porém, esse ano a neve não ajudou os turistas. Com a falta desse recurso natural, algumas estações de esqui não abriram na data oficial, como é o caso do Valle Nevado.

Geralmente em julho a estação fica completamente lotada, inclusive por brasileiros. Você corre o risco de não conseguir uma aula. As filas ficam longuíssima para o aluguel de equipamento no local nessa época. Opte por parar em alguma loja ainda em Santiago, são muitas!

| Quanto custa?

As empresas de transfer cobram entre 14 mil e 17 mil pesos chilenos (entre R$ 68 e R$ 83 mil).

Os ingressos do Valle Nevado variam de acordo com a temporada e vão de 33 mil pesos até 45 mil pesos chilenos (de R$ 161 até R$ 220).

O valor das aulas variam conforme a modalidade, nível e número de pessoas.

Veja mais informações no site oficial do Valle Nevado.

Confira mais imagens na galeria abaixo:

 

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