Parapente no Rio de Janeiro: saiba tudo sobre o voo

Ver o Rio de Janeiro do alto é ainda mais bonito. Mas com direito a uma dose extra de adrenalina e frio na barriga é ainda melhor

Publicado em 24/07/2018 por Tati Sisti

Sempre tem uma maneira nova de ver o Rio de Janeiro do alto. Dessa vez, foi com um pouco mais – ou muito mais – de adrenalina, em um voo de parapente que sai da rampa da Pedra Bonita, em São Conrado. A Cidade Maravilhosa é referência mundial em voo livre e, sem dúvidas, é uma das mais bonitas para se ver do alto.

SERVIÇO
Voo: Pode variar de acordo com a época do ano, mas vai de R$ 270 a R$ 700.
Seguro: R$ 40
Dobragem do equipamento: R$ 10
Facebook: MakFly
Instagram: @marcelokallemback
Email: makallemback@gmail.com
Telefone: 21 98353 3216
Endeereço: Avenida Prefeito Mendes de Moraes S/N

Fomos ao Rio de Janeiro a convite do Hotel Mar Palace Copacabana e a MakFly propôs a aventura de parapente. Conseguimos viver essa experiência aos 45 do segundo tempo, já que este não é um esporte que se pratica ‘quando bem entender’. Ele depende 100% das condições climáticas para que seja feito da forma mais segura possível.

Acordamos bem cedo e o céu estava limpo. O instrutor Marcelo Kallemback nos ligou e disse que finalmente podíamos encontrá-lo em São Conrado. O ponto de encontro é no Clube São Conrado de Voo Livre, onde ficam todas as escolas e instrutores.

Chegando lá, os ‘aspirantes a passarinho’ devem assinar alguns papéis, que incluem seguro e toda a documentação pessoal necessária.

Voo de parapente no Rio de Janeiro (Foto: Tati Sisti)

Voo de parapente no Rio de Janeiro (Foto: Tati Sisti)

Em seguida, fomos conhecer a estação meteorológica do Clube. Todos os painéis computadorizados indicam velocidade e direção do vento, umidade do ar e previsões para as próximas horas. É lá que dita se pode ou não pode ter decolagens a cada minuto.

Ao contrário do que muita gente pensa, as decolagens com vento forte são bem perigosas. Por isso é extremamente importante que o instrutor siga as coordenadas da estação meteorológica e também acompanhe as birutas de vento no alto da pedra.

Voo de parapente no Rio de Janeiro (Foto: Tati Sisti)

Voo de parapente no Rio de Janeiro (Foto: Tati Sisti)

As decolagens com “ventão” são realmente as mais perigosas. Não hesite em pedir lastro principalmente quando atrás de você tem fiação aérea. Antes de inflar a vela, olhe para os arbustos logo abaixo da rampa para ver se vem vindo uma rajada, ou até uma diminuição de vento que pode fazer você afundar demais na saída da rampa.

|Hora de voar

Chegou a hora que começa a dar o famoso friozinho na barriga. Já na rampa de decolagem, o instrutor coloca todos os equipamentos e faz um breve treinamento que, basicamente, consiste em correr como se não houvesse amanhã.

Já com tudo pronto, tivemos que esperar de pé cerca de 10 minutos até que o voo fosse autorizado. Dá para imaginar a expectativa, né? Quando tudo foi liberado, só escutei: “vai, corre, corre”. Depois disso, não tem mais volta. Em poucos segundos já estava no ar.

Voo de parapente no Rio de Janeiro (Foto: Tati Sisti)

Voo de parapente no Rio de Janeiro (Foto: Tati Sisti)

Decolamos com um equipamento de 42m² e 32 células de 520 metros de altura, da Rampa da Pedra Bonita – considerada uma das mais curtas do mundo -, sobrevoando todo o bairro de São Conrado, tendo vista para: Barra da Tijuca, Corcovado (Cristo), Lagoa, Ipanema, Leblon, Rocinha, Vidigal e pousamos na Praia do Pepino, a 3 km da decolagem.

Diferentemente do que ocorre com o paraquedas, quando o equipamento se abre, nosso corpo não passa por nenhum tranco mais forte, já que o equipamento está aberto, no chão, e voa conforme corremos para decolar. A posição que ficamos é extremamente confortável e o visual… Bom, esse eu nem preciso falar. É difícil saber para que lado olhar

Voo de parapente no Rio de Janeiro (Foto: Tati Sisti)

Voo de parapente no Rio de Janeiro (Foto: Tati Sisti)

Depois de poucos minutos, Kallemback me passou as alças de pilotagem e me deixou ‘pilotar’ o parapente. Essa foi uma das partes mais divertidas, ao lado do momento em que ele nos levou para cima do mar e fez quedas em espirais. O frio na barriga foi grande.

O tempo de voo depende muito das condições do tempo. No nosso caso, ficamos no ar apenas por 12 minutos, mas, segundo Kallemback, o vento pode favorecer algumas pessoas, que conseguem chegar próximo ao Cristo Redentor, em um passeio de quase uma hora. Ô, sorte!

Na hora do pouso, o instrutor explica basicamente o que devemos fazer com as pernas: deixá-las esticadas. E foi assim que cheguei na areia da praia e parei sentada. Não tem segredo!

Uma boa notícia é que você pode ir com sua GoPro. Caso não tenha, ele também pode fazer um vídeo e fotos com a câmera dele.

Voo de parapente no Rio de Janeiro (Foto: Tati Sisti)

Voo de parapente no Rio de Janeiro (Foto: Tati Sisti)

|Voe com alguém de confiança

Com essas coisas não se brinca, né? Por isso é necessário saber se a escola e o isntrutor são de confiança. Kallemback começou a praticar o esporte em 1995 por diversão. “Fiquei 4 anos voando clandestinamente porque eu não tinha dinheiro para me filiar a um clube”, contou.

Em 1999, ele se filiou ao clube atual, hoje ele é credenciados pela a CBVL (Associação Brasileira de Voo Livre), coleciona mais de 7 mil voos e se tornou o Diretor Técnico do Clube de Parapente.

Voo de parapente no Rio de Janeiro (Foto: Tati Sisti)

Voo de parapente no Rio de Janeiro (Foto: Tati Sisti)

Veja mais fotos do nosso voo de parapente:

(Foto: Tati Sisti)

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